Após quatro pedidos de suspeição de magistrados, Justiça julga e condena prefeito Fabio Tyrone por agressão a ex-namorada

O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, foi condenado nesta quinta-feira (18), pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, a 1 ano e 4 meses de prisão. O caso é relativo à denúncia de agressão formulada pela ex-namorada e advogada, Myriam Gadelha, em 2018. A pena privativa de liberdade será cumprida inicialmente em regime aberto.

De acordo com informação publicada inicialmente no Blog do jornalista Maurílio Júnior, a decisão estabelece uma indenização de R$ 15 mil como reparação à vítima.

Fábio Tyrone ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). O processo segue tramitando em segredo de Justiça.

O CRIME

O ano era 2018 e na ocasião o prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, foi acusado de agredir a namorada, advogada Myriam Gadelha, filha do ex-prefeito do município sertanejo, Salomão Gadelha, falecido em um acidente de carro e que, em vida, já havia sido um dos maiores adversários políticos de Tyrone na cidade.

DEMORA

Até o julgamento, quatro magistrados haviam alegado suspeição e deixaram de apreciar o caso. O fato veio à tona no programa Ô Paraíba Boa um mês antes. Na ocasião, o comunicador Fabiano Gomes repercutiu a demora do judiciário em emitir uma sentença sobre o caso.  

O jornalista sousense Levi Dantas divulgou em seu blog, no dia 13 de março deste ano, que o juiz André Ricardo Carvalho Costa averbou-se suspeito. O caso, então, foi redistribuído para a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis, que adotou o mesmo procedimento da suspeição. Antes deles, a magistrada Rita de Cássia havia deixado o caso por motivo de força maior e Graziela Queiroga também invocou o mesmo expediente dos outros dois colegas e averbou suspeição.

O caso da agressão de Tyrone contra Myriam foi destaque nacional. A advogada namorou o prefeito por cerca de quatro meses e após o episódio, que a deixou cheia de hematomas, solicitou uma medida protetiva e a prisão preventiva dele, que não foi concedida.

FONTE 83

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